Acabou a COP mas não acabou a emergência climática!

Publicado em
13 de dezembro de 2023
0 comentários
Entre na discussão

Lá vem textão, mas vamos tentar resumir o que está sendo colocado no acordo de 21 páginas que encerra a COP28.
Spoiler: o petróleo ganhou fôlego. Bom… foi surpresa?
Sim, diminuiu o fervor sobre Combustíveis Fósseis e Financiamento Climático. António Guterres, da ONU, tava batendo na tecla de “Eliminar Progressivamente os Combustíveis Fósseis,” mas mudaram para “Redução do Consumo e Produção de Combustíveis Fósseis”.
#alguémajuda

O que incluíram:

  • Triplicar a Energia Renovável até 2030 (EUA e China dando um high five);
  • Diminuir o uso do carvão;
  • Investir em tecnologias zero e baixas emissões;
  • Financiamento climático (mas daquele jeito… Se fosse para um míssil!);
  • Metas de adaptação, mas com grana insuficiente. 

O que ficou de fora:

  • Eliminação progressiva dos combustíveis fósseis;
  • Nada de falar sobre “petróleo” e “gás natural”; 
  • Esqueceram das “obrigações mais duras” para os países ricos.

Brasil mandou a real.

A Ministra Marina Silva, do Brasil, não curtiu as versões antes do texto final. Reforçou que faltou clareza sobre o aquecimento global a 1,5 °C, especialmente na questão de energia. Marina representando!

No geral:

  • COP28 até avançou em alguns pontos, como triplicar a Energia Renovável, mas tem uns países ricos resistindo a liberar a grana para adaptação e mudança de fontes nos países mais pobres. 
  • Alguns estão resistindo à transição para Energias Renováveis. O problema não é a incorporação de fontes limpas, mas aceitar que os fósseis tenham seus dias contados. Pelo menos, a primeira menção a isso ocorreu, ainda que tímida, em quase 30 anos de conferências globais! 
  • 2050 para Emissão Zero parece longe demais, e eventos climáticos extremos estão acontecendo a toda hora. Complexo, na verdade, beeem complexo!

O texto final foi considerado histórico por mencionar pela primeira vez a necessidade de se afastar dos combustíveis fósseis, mas ainda entrar nos detalhes da ambição ou dos processos. Essa discussão sobre os meios de implementação e financiamento ficará para a COP de 2024. O que vem sendo mais enfatizado é a necessidade de triplicar as energias renováveis, melhorar a eficiência energética e estimular mais tecnologias de baixo carbono. Mas seguindo o princípio de Responsabilidades Comuns, porém Diferenciadas, ou seja, os ricos têm um papel a cumprir (e de investir) muito maior do que os pobres. 

Por enquanto, os avanços ainda não são suficientes para que o mundo consiga limitar o aquecimento em 1,5°C, mas esperamos que eles possam estimular mais tecnologias e negócios verdes no Brasil, como afirmou a secretária de Mudança do Clima, Ana Toni, antes que seja tarde demais. 🤞🌍 #COP28

 

Compartilhar
Translate »