Conheça a Rede Amazônia Viva, projeto que realizamos em 2022 com a Natura
Esse é o vídeo manifesto de um projeto que desenvolvemos com a Natura e vários...
Leia +O que você precisa saber sobre o novo relatório do IPCC para promover a transformação necessária
Divulgado no final de fevereiro, o relatório do Grupo de Trabalho 2 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apresentou um cenário alarmante sobre como será o futuro sem as ações urgentes para conter o aquecimento global. De forma geral, o documento demonstra que os impactos estão ocorrendo em velocidade superior às projeções anteriores.
A partir da análise do documento, a ApplyBrasil sugere algumas prioridades para criar estratégias de ação no cenário brasileiro:
Contexto: Ao mesmo tempo em que são uma das causas mais relevantes para o aquecimento global, as grandes aglomerações urbanas sofrerão as consequências de forma mais rápida e intensa. Metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro funcionam como ilhas de calor e registrarão aumento de temperatura ainda maior que a média. Situações extremas – como escassez de água e ocorrência de tempestades devastadoras – se tornarão cada vez mais frequentes.
Desafios:
Oportunidades:
Contexto: Há uma relação estreita e inegável entre as questões climáticas e a desigualdade social. Melhorar a distribuição de renda no Brasil é um caminho fundamental para aliviar a pressão sobre o meio ambiente, pois contribui diretamente para combater o desmatamento, ordenar a ocupação territorial, reduzir a poluição e recuperar áreas degradadas.
Desafios:
Oportunidades:
Contexto: A discussão “desmatamento ilegal” ou “legal” não faz mais sentido. É preciso agir imediatamente no combate ao desmatamento, de todo e qualquer tipo. Trata-se da maior fonte de emissões de carbono pelo Brasil. O relatório do IPCC demonstra que a temperatura média do planeta já aumentou 1,1ºC em comparação ao patamar pré-industrial e alerta que um aumento de 1,5ºC levaria a uma forte ampliação dos danos irreversíveis à biodiversidade e à presença humana no planeta. Ou seja: a janela de oportunidade para reverter esse quadro está se fechando.
O desmatamento e queimadas na Amazônia poderão transformar a floresta úmida em regiões de savana, ocasionando uma drástica redução de chuvas, cerca de 40%. A redução da circulação dos chamados rios voadores, que levam umidade e chuvas da Amazônia para a região central e sudeste do país, vai intensificar a crise hídrica.
Desafios:
Oportunidades:
Contexto: O Brasil enfrenta um processo de desvalorização dos dados científicos. Muitos projetos de produção de informações e indicadores não são suficientemente respaldados com financiamentos e apoio institucional. Quando se trata de questões ambientais e climáticas, a confiabilidade e a atualidade dos dados são essenciais para a construção de diagnósticos como os produzidos pelo IPCC.
Desafios:
Oportunidades:
Criado em 1988 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o IPCC reúne centenas de cientistas, de todas as partes do planeta, que analisam dados confiáveis para avaliar uma série de fenômenos, a exemplo de ondas de calor, aumento do nível do mar, extinção de espécies e intensificação de eventos extremos – e as consequências de tudo isso para a humanidade. Estima-se que 3,6 bilhões de pessoas, 45% da população da Terra, vivam em contextos altamente vulneráveis às mudanças climáticas.
Ao trazer um diagnóstico amplo e cientificamente embasado, o relatório é uma fonte importante para que as organizações e os profissionais que atuam na área socioambiental definam estratégias de ação – tanto no esforço de reduzir o aquecimento global quanto no enfrentamento das mudanças climáticas.